"Isto agora, com o Trump como presidente, vai ser uma ameaça crescente à paz mundial e aos nossos valores"
Verdade. Porque, até aqui estávamos, num ótimo caminho. A parte boa, amigos, é que podemos não chegar a janeiro. Morreremos heróicamente calcinados pela cisão nuclear em nome do "longo alcance" do Ocidente e dos seus valores. É um tipo de churrasco em que a crianças de Hiroshima e Nagasaki já estão experimentadas. Quiçá nos possam fazer um daqueles tutoriais de YouTube a explicar a melhor forma de degustar. Talvez assente bem com molho barbacue.
Como deveria ser escusado sequer explicitar, não tenho qualquer simpatia por Trump. Mas também não tenho nenhuma simpatia por aqueles que, nos últimos meses, nos serviram a tese que a escolha entre Trump e Kamala era entre a democracia e a barbárie no plano internacional. Como se a barbárie já não estivesse aí, pela mão dos anjos da morte da democracia que servem mísseis de longo alcance a quem quer uma guerra total, nuclear, se necessário, e patrocina o genocício israelita em Gaza. Só lá, já são quase 50 mil mortos com a chancela de qualidade da maior democracia do mundo.
O império é o império. E vem sempre de botas cardadas, mesmo que haja quem prefira fazer-nos crer que são pézinhos de lã.